Vem ai o próximo livro:Vidas Secas em Quadrinhos
Vidas Secas foi o romance responsável por popularizar Graciliano Ramos ao retratar a vida de uma família de retirantes: Fabiano, Sinhá Vitória, “o menino mais velho”, “o menino mais novo” e a cachorra Baleia.
Publicado em 1938, ultrapassou as tendências regionalistas da geração de 1930 e foi o único romance do autor escrito em terceira pessoa. Em Vidas secas, a grande obra regionalista modernista, o drama social do Nordeste é representado nas figuras humanas marcadas pela miséria e pela seca da região.
RESUMO DO LIVRO
O romance narra a história da retirada de uma família de nordestinos por causa da seca. Através da narrativa, o leitor entra em contato com o sertão e o sofrimento da família de Fabiano. Observa-se que mal há comunicação entre eles; as crianças não têm nomes, o que demarca fortemente o processo de animalização das personagens para frisar a vida dos fugitivos da seca.
Anseios, sonhos, frustrações e muito sofrimento vêm à tona enquanto a família se retira. É interessante a inversão de papéis que há entre Fabiano e a cachorra Baleia, enquanto o humano é zoomorfizado, o animal é antropomorfizado, ou seja, Fabiano está mais próximo de um animal, e Baleia é humanizada, tem nome e pensa.
Fabiano arruma um emprego de vaqueiro numa propriedade que a família ocupa na época da chuva. É preso injustamente pelo soldado amarelo, que, neste caso, representa a autoridade do governo. Com a prisão, o personagem analisa a sua própria condição de homem-bicho e se dá por vencido diante das desilusões em relação à vida dos filhos. O vaqueiro é sempre ameaçado de demissão pelo patrão que o rouba nas contas.
Sinhá Vitória é impaciente com os filhos, sua ignorância é menor que a do marido, pois pensa com clareza e sabe contar.
Baleia pensa e sente como um humano. Na trama ela adoece, fato que leva o vaqueiro a pensar que está com hidrofobia e matá-la. Com a agonia da morte, a cachorra faz uma autoanálise e não compreende os motivos do dono, enfim, morre sonhando com um mundo cheio de preás gordos.
A seca volta e anuncia um tempo de miséria e fome. Sinhá Vitória vê o futuro com otimismo e transmite paz a Fabiano que analisa sua vida. Com a seca, os retirantes deixam a casa da fazenda e recomeçam a andança sem rumo retratada no início da narrativa. Agora também em quadrinhos, é em breve!fonte: Cola da Web.
Nenhum comentário:
Postar um comentário