Existe uma estrela muito próxima ao Sistema Solar chamada Próxima Centauri. É uma estrela pequena, uma anã vermelha pouco maior que Júpiter e invisível no céu noturno se observado a olho nu. Próxima Centauri é nossa vizinha mais próxima – e mais opaca. Nas conversas entre amantes da astronomia, ela é geralmente deixada de lado quando surgem na pauta suas companheiras Alpha Centauri A e B – duas estrelas maiores, mais brilhantes e mais famosas (e também um tanto mais distantes em relação à Terra, mas não muito). As três fazem parte da mesma constelação, Centauro, e estão localizadas a pouco mais de 4 anos-luz de nosso planeta. Por anos, os astrônomos acreditaram que Alpha Centauri A e B poderiam abrigar planetas a seu redor. Existe, inclusive, a ambição de mandar uma sonda a essa região do espaço, à caça desses planetas. Essa ambição deve mudar de alvo em breve. Nesta quarta-feira, 24, um grupo de cientistas ligados ao Observatório Europeu do Sul e à Universidade de Londres anunciou algo inesperado – ao redor da pequenina Próxima Centauri gira um planetinha. Esse planeta, as observações levam a crer, é pouco maior que a Terra. É quente em alguns pontos. E, com alguma sorte, abriga água em estado líquido – um ingrediente fundamental para a existência de vida como a conhecemos. A pequena Próxima Centauri roubou a cena.
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O novo planeta foi chamado de Próxima B – um planeta com 30% mais massa que a Terra e que está mais perto de sua estrela que Mercúrio está do Sol. Essa distância pequena é importante por causa das dimensões de Próxima Centauri – ela libera menos calor que o Sol, e é graças a essa proximidade que Próxima B possui regiões quentes em sua superfície. Segundo os cientistas, o clima no planeta é diferente da Terra: por causa das características de sua rotação, Próxima B não tem estações ao longo do ano. Ele também recebe mais radiação ultravioleta e raios X que a Terra, o que faz dele um planeta menos acolhedor.
Próxima B é especial porque, além das dimensões semelhantes às da Terra, é o planeta mais próximo do Sistema Solar já identificado. Ele faz parte de um grupo crescente de exoplanetas – aqueles que não fazem parte do nosso Sistema Solar. Por um longo tempo, os astrônomos acharam que planetas fossem corpos raros no Universo. Descobertas recentes levam a crer que não – a lista atual dá conta de mais de 3 mil exoplanetas espalhados pelo Universo conhecido.
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A descoberta de Próxima B demandou meses de trabalho cuidadoso de um time de cientistas liderados pelo astrônomo Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Londres. Ele e sua equipe suspeitavam da existência de Próxima B desde 2013, mas precisavam de mais evidências para prová-la. É complicado encontrar planetas distantes no espaço porque eles não possuem luz própria. Os cientistas conseguem identificá-los quando o planeta passa diante de sua estrela e cria uma sombra. ÉPOCA já explicou esse método em um vídeo.E Próxima Centauri não facilitava o processo de busca. Próxima Centauri é uma estrela muito ativa e seu brilho sofre variações. Era difícil dizer se o brilho que diminuía era resultado de um fenômeno normal da estrela ou sinal da presença de um planeta. No passado, os astrônomos já haviam cometido enganos desse gênero: em 2012, um grupo de cientistas afirmou ter encontrado um planeta orbitando Alpha Centauri B. Foi um erro.
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Boatos sobre essa descoberta circulavam já há alguns dias. No dia 12 de agosto, a revista alemã Der Spiegel disse ter recebido informações sobre a existência do novo planeta, fornecidas por um astrônomo que não quis se identificar. O burburinho gerado cruzou a comunidade científica e, segundo revistas especializadas, animou as cabeças por trás do projeto Starshot – um projeto financiado por um bilionário russo, com apoio do físico Stephen Hawking, e que pretende enviar uma sonda em miniatura para Alpha Centauri. A ideia desses cientistas é criar uma tecnologia capaz de fazer a sonda se mover a 20% da velocidade da luz e alcançar essas estrelas dentro de algumas poucas décadas. Seria nossa primeira aventura para o espaço além do Sistema Solar. Com a novidade, pode ser que o destino da sonda mude.
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