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Tumba de Tutancâmon 'é chave' para desvendar mistério de Nefertiti
Um arqueólogo diz ter encontrado provas de que a antiga rainha egípcia Nefertiti teria sido sepultada em segredo na tumba do faraó Tutancâmon. O paradeiro dos restos mortais da famosa regente nunca foi descoberto, mas a tumba de Tutancâmon, que pode ter sido filho dela, é conhecida desde 1922.
Um novo estudo indica que pode haver um portal saindo da tumba do faraó.
Nicholas Reeves, um arqueólogo da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, afirmou que acredita que os restos de Nefertiti poderiam nesta área ainda desconhecida.
A teoria surgiu depois que um grupo de especialistas em arte e preservação e artistas da Espanha, o Factum Arte, foi contratado para criar uma cópia da tumba.
Para construir a réplica, perto do local original, no Vale dos Reis, em Luxor, no ano passado os técnicos escanearam todos os detalhes da tumba de Tutancâmon.
Marcas
Ao analisar o material em fevereiro, Reeves identificou o que acredita serem marcas indicando onde ficavam duas entradas.
"Questionei as provas desde então, procurando indicações de que o que eu pensava estar vendo, na verdade, não estava lá", disse Reeves à BBC. "Mas, quanto mais olhava, mais encontrava informações que indicavam a existência de algo muito real."
A configuração da tumba de Tutancâmon foi considerada um mistério por algum tempo, principalmente por ser menor do que as tumbas de outros reis do Egito antigo.
Reeves acredita que detalhes no projeto da tumba indicam que ela teria sido criada para guardar os despojos de uma rainha, não de um rei.
"Se eu estiver errado, estou errado. Mas se estiver certo, as perspectivas são, francamente, surpreendentes. O mundo pode se transformar em um lugar muito mais interessante, pelo menos para os egiptologistas", afirmou.
Depois de ser descoberta pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1922, a tumba de Tutancâmon foi aberta em fevereiro do ano seguinte.
Ela é considerada a tumba mais intacta já vista, e poucos objetos pareciam ter sido roubados do local.
Cerca de 2 mil artefatos foram encontrados, e foram necessários nove anos até que os arqueólogos catalogassem tudo.
As autoridades do Egito e o grupo Factum Arte ainda não comentaram as teorias de Reeves.
No entanto, outros estudiosos do assunto pedem cautela.
"Acho que, com certeza, há alguns sinais de que pode ter ocorrido alguma atividade em volta daquelas entradas", disse Joyce Tyldesley, egiptologista na Universidade de Manchester, Grã-Bretanha.
"Deduzir a partir disto que era na verdade a tumba de Nefertiti, seria ir longe demais. Mas, se fosse verdade, seria absolutamente genial", acrescentou.
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