Bombardeado !

Dilma apontou 'intolerância' como fator determinante para ataque de bomba no Instituto Lula

Segundo a presidente'Intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia', postou. Ninguém ficou ferido; bomba teria sido jogada de dentro de um carro.A presidente Dilma Rousseff comentou na noite desta sexta-feira (31), por meio de publicação em sua conta no Twitter, a explosão de uma bomba na sede do Instituto Lula na noite de quinta.

A presidente afirmou que "a intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia".

Uma bomba de fabricação caseira foi arremessada contra a sede do Instituto Lula, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 22h desta quinta-feira (30) e um buraco e uma fissura foram abertos na garagem do imóvel. Não houve feridos (veja video acima com imagens dos estilhaços). Para o Instituto, foi um "ataque político"

"A intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia. Jogar uma bomba caseira na sede do @inst_lula é uma atitude que não condiz com a cultura de tolerância e de respeito à diversidade do povo brasileiro", postou a presidente no microblog.

Mensagens da presidente Dilma Rousseff no Twitter sobre bomba arremessada contra a sede do Instituto Lula (Foto: Reprodução/Twitter)

De acordo com o instituto, uma câmera de segurança registrou que o artefato foi arremessado de dentro de um veículo que diminuiu a velocidade ao passar pela sede do entidade. Em princípio, não é possível identificar os responsáveis pelo ataque.

O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, conversou na manhã desta sexta com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o ataque.

Segundo a secretaria, a perícia foi determinada e as investigações policiais já começaram. O G1 acompanhou o trabalho de policiais civis e policiais militares na porta do Instituto no início desta tarde.

"Bomba foi, com certeza", disse o perito Ivan Ribeira Candeias, do Instituto de Criminalística da Polícia Tecnico-Científica. "Coletamos o que parece ser pólvora para análise".

Em nota, o Instituto Lula também disse que espera que os responsáveis "sejam identificados e punidos”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva utiliza o Instituto como escritório e fica no prédio das 9h às 21h.

Segundo Celso Marcondes, diretor do instituto, um pequeno grupo se manifestou contra  Lula às 15h desta quinta-feira em frente à sede do instituto. Depois, às 9h desta sexta-feira, nova manifestação ocorreu, e funcionários do instituto tiraram fotos dos participantes do ato e encaminharam à polícia.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, repudiou o ataque com artefato explosivo contra o Instituto Lula. "São inaceitáveis esses atos de violência e intolerância no nosso país", afirmou Rossetto.

Rossetto defendeu a apuração imediata para identificação e punição dos responsáveis. "O ataque ao Instituto Lula é uma agressão à nossa democracia. O Brasil tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado. Minha solidariedade ao ex-presidente Lula e toda sua equipe de trabalho”, concluiu Rossetto.

Em março, o diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro de São Paulo, foi alvo de ataque a bomba. Em nota de repúdio, o partido disse que o “atentado não foi cometido somente contra o PT, mas contra o estado democrático de direito”.o estado democrático de direito”.

Buraco (do lado esquerdo) e fissura (do lado direito) no portão do instituto lula causados por bomba (Foto: Kleber Tomaz/G1)

Policiais fazem perícia no portão da garagem do Instituto Lula causado por bomba (Foto: Kleber Tomaz/G1)

Buraco causado por bomba na garagem do Instituto Lula (Foto: Kleber Tomaz/G1)