Os Sertões foi lido pela Cidade Pombu News em:30/03/2013 até 13/04/2013 com 90 páginas. Na verdade o que lemos foi um resumo da obra que está abaixo: vamos saber mais um pouco da obra:
erudição tecno-científica comregionalismos populares eneologismos do próprio autor.Determinismo racial
Euclides da Cunha deixou claro em "Os Sertões" seu ponto de vista no que se refere ao racismo. Como a maioria dos de sua época, acreditava numa "raça superior", e em sua íntima relação com os de pele clara. Acreditava no embranquecimento dos brasileiros evitando a miscigenação com "raças inferiores", para que se pudesse manter uma certa "estabilidade", e assim, ter uma definição sistematizada da "raça brasileira". A obra foi concebida segundo o esquema rigoroso dodeterminismo de Taine, que via o homem como um produto de três fatores: meio ambiente, raça e momento histórico. As teses e os princípios científicos adotados pelo escritor envelheceram, achando-se na sua maioria desacreditados, atualmente. O determinismo considerava o mestiço brasileiro umaraça inferior, e Euclides da Cunha compartilha desta visão. Escreve, por exemplo: "Intentamos esboçar, palidamente embora, ante o olhar de futuros historiadores, os traços atuais mais expressivos das sub-raças sertanejas do Brasil. E fazemo-lo porque a sua instabilidade de complexos, aliada às vicissitudes históricas e deplorável situação mental em que jazem, as tornam talvez destinadas a próximo desaparecimento ante as exigências crescentes da civilização."Contribuição às ciências sociaisEdição deOs Sertões.
Como contribuição às ciências sociais, encontra-se nesta obra de Euclides da Cunha a separação da nação brasileira entre os povos litorâneos e os interioranos. A compreensão de cada uma dessas partes permitiria a compreensão do país como um todo, uma vez que se tinha nas cidades litorâneas polos de desenvolvimento político e econômico e no interior do país condições de atraso econômico que subjugavam suas populações à fome e à miserabilidade. No entanto, ao analisar os fatos ocorridos em Canudos, o autor refuta a noção de que no litoral se encontrariam condições de avanço civilizatório em oposição ao interior. Pelo contrário, aponta que tanto os litorâneos quanto os interioranos, cada qual em suas especificidades, se encontrariam em um estádio bárbaro de sociedade, bastava atentar para a crueldade com que se reprimiu o movimento deAntônio Conselheiro. Além do que, tanto uns quanto os outros eram dados ao fanatismo, fosse pela República de Floriano Peixoto, fosse pela religiosidade de Conselheiro.
Esta sua noção de estádios bárbaros e civilizados de sociedade estão em consonância a seu pensamento evolucionista spenceriano. Também se alinha com isso sua metodologia em compreender as singularidades de cada elemento separadamente para, enfim, compreender o todo. No caso, buscou compreender as populações litorâneas e as interioranas como elementos do Brasil como um todo.
Conteúdo/partes do livro
O livro divide-se em três partes: A terra, O homem e A luta.
A terra
Na primeira parte são estudados orelevo, o solo, a fauna, a flora e o climada região nordestina. Euclides da Cunha revelou que nada supera a principal calamidade do sertão: aseca. Registrou, ainda, que as grandes secas do Nordeste brasileiro obedecem a um ciclo de nove a doze anos, desde o século XVIII, numa ordem cabalística.
aseca. Registrou, ainda, que as grandes secas do Nordeste brasileiro obedecem a um ciclo de nove a doze anos, desde o século XVIII, numa ordem cabalística.
O homem
O determinismo julgava que o homem é produto do meio (geografia), da raça(hereditariedade) e do momento histórico (cultura). O autor faz uma análise da psicologia do sertanejo e de seus costumes.
A luta
raça(hereditariedade) e do momento histórico (cultura). O autor faz uma análise da psicologia do sertanejo e de seus costumes.
A luta
Ver artigo principal: Guerra de Canudos
Fala sobre o que foi a Guerra de Canudos e explica com riqueza de detalhes os fatos dessa guerra que dizimou a população de Canudos.
Na Cultura Popular
O poeta e compositor Edeor de Paula escreveu um samba chamado "Os Sertões", como síntese poética do livro e homenagem a Euclides da Cunha. na Em Cima da Hora.
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