Padrasto de menino que atirou em colega em Maricá pode ser indiciado
Dono da arma pode responder por homicídio culposo. Revólver não tinha registro, segundo a Polícia Civil.
Pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, o padrasto do menino que atirou acidentalmente e matou Ronald dos Santos Marques, de 12 anos, na quinta-feira (22). O acidente aconteceu dentro de uma casa em Itaipuaçu, distrito de Maricá, no interior do Rio. De acordo com o delegado responsável pelo caso, o padrasto, é o dono do revólver que os dois garotos brincavam. Na tarde de sexta-feira (23) o corpo de Ronald dos Santos foi enterrado no cemitério da cidade.
"Ele pode responder por homicídio culposo pela negligência dele de saber que tem duas crianças em casa e deixar a arma dentro de casa, uma arma ilegal. As duas famílias estão abaladas e o adolescente autor está muito abalado", comentou Júlio César Mulatinho, delegado da 82ª DP.
Ronald foi atingido na bochecha
(Foto: Reprodução / Facebook)
(Foto: Reprodução / Facebook)
O delegado deve ouvir o padrasto na segunda-feira (26). O revólver calibre 38 não tinha registro, de acordo com a polícia. Júlio César contou que os dois estavam brincando na rua quando o menor, autor do disparo, convidou Ronald para ir até a casa onde mora no Loteamento São Bento da Lagoa. Os dois estavam sozinhos em casa quando o tiro foi disparado.
"Os dois estavam jogando bola e durante a tarde o autor chamou a vítima para ir a casa dele. Quando chegaram na casa, de acordo com o relato do autor, a vítima perguntou pela arma. Pegou uma cadeira e pegou a arma em cima do armário. Começaram a brincar com a arma que disparou na bochecha da vítima que morreu na hora", relatou.
Vânia Agrícola, madrinha pediu rigor nas investigações e punição aos culpados. Disse que o afilhado era uma criança alegre, cheia de vida e vivia sorrindo.
"É uma imprudrência que tem que ser apurada. A delegacia tem que apurar e punir aquele que causou o fato. Não importa se a arma é registrada ou não. O que importa é que ele deixou uma arma no alcance de uma criança pegar e cometer uma tragédia. Só por esse fato ele tem que responder por alguma coisa. Ele era uma criança feliz, alegre, estava sempre sorrindo. Tudo para ele é brincadeira, mesmo brigando com ele, estava sempre feliz", descreveu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário