Polícia Federal pede autorização para ouvir ex-presidente Lula na Lava Jato
Segundo a PF, o ex-presidente Lula pode ter sido beneficiado pelo esquema. Documento diz que delatores não têm como provar a articipação de Lula.
A Polícia Federal pediu ao STF uma autorização para ouvir o ex-presidente Lula, sobre um inquérito da Lava Jato. Essa informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (11), pela revista Época, no site da revista na internet.
Segundo a Polícia Federal, o ex-presidente Lula pode ter sido beneficiado pelo esquema na Petrobrás, obtendo vantagens para si, para o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada às custas de negócios ilícitos na estatal.
A Polícia Federal também reforça que nenhum dos investigados negam que era preciso apoio político pra nomeações na Petrobras. E que o apoio político reverteu-se em apoio parlamentar, ajudando a formar, assim, a base de sustentação e política do governo. Segundo a PF, devem ser buscados os atos de governo que possibilitaram que o esquema se instituísse e fosse mantido.
O documento também ressalta que os delatores Paulo Roberto Costa eAlberto Youssef não têm como provar a participação do ex-presidente. Nenhum dos dois tem elementos concretos.
Para justificar o pedido de depoimento do ex-presidente no inquérito da Lava Jato, a Polícia Federal descreve o cenário em que as maiores construtoras do Brasil pagavam propina à Petrobras, os diretores eram indicados por partidos aliados e o governo nomeava e mantinha diretores. Isso mostra a necessidade de ouvir o ex-presidenteLula para que ele apresente a sua versão sobre os fatos, que atingem o núcleo de seu governo.
Além de Lula, a Polícia Federal pede os depoimentos dos ex-ministros Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti e José Dirceu. Além do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco e o doleiro Youssef.
A Polícia Federal deixa claro que a investigação não tem nenhuma relação com a presidente Dilma Rousseff.
Agora, o pedido precisa ser analisado pela Procuradoria-Geral da República e pelo Supremo Tribunal Federal.
A assessoria do ex-presidente disse que ele está em viagem para a Argentina e que não tem conhecimento do documento.
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