Nos Estados Unidos, Dilma negou irregularidades em campanha de eleição disse que não respeita delator.
Presidente Dilma Rousseff (PT) negou hoje, durante a realização de uma entrevista em Nova York, qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse "não respeitar delatores". Na semana passada, a imprensa divulgou que o ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada na operação Lava Jato que deu dinheiro à campanha da petista. "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora", disse a presidente.
A presidente, que está em viagem oficial aos Estados Unidos, disse que todos os recursos arrecadados por sua campanha foram legais e registrados e afirmou não aceitar que insinuem qualquer irregularidade contra ela ou sua campanha. Dilma ressaltou que a empresa também fez doações a seu adversário no segundo turno da eleição presidencial, Aécio Neves (PSDB), em valores semelhantes aos recebidos por sua campanha. "Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos."
"E há um personagem que a gente não gosta, porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. E ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator. Eu não respeito delator", observou, mencionando o homem que traiu os participantes da Inconfidência Mineira.
Ricardo Pessoa afirmou, na delação, que repassou R$ 3,6 milhões de caixa dois para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014.
Na última quinta-feira (25) o STF (Supremo Tribunal Federal) homologou a delação do empresário, o que significa que as informações prestadas por ele em depoimento à Procuradoria Geral da República poderão ser utilizadas como indícios para ajudar as investigações.
Apesar de criticar delatores, a presidente afirmou que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal devem investigar as acusações. "Tudo, sem exceção", ressaltou.
Os supostos pagamentos a José de Filippi Jr. relacionados pelo ex-presidente da UTC somam R$ 750 mil e teriam sido feitos nos anos eleitorais de 2010, 2012 e 2014. Há apenas um pagamento fora da calendário eleitoral, no ano de 2011, de R$ 100 mil. Fonte : Uol notícias. Nesta reportagem Dilma Rousseff citou como exemplo o delator Joaquim Silvério dos Reis como o que delatou a Inconfidência Mineira. Vamos analisar será que a maioria votou nela ou houve fraude eleitoral? Porque houve um protesto em 2013 em várias partes do Brasil pedindo a redução da tarifa de ônibus. Relembre a notícia (foi retirada da Revista de História
Dezessete de junho de 2013. Uma data que provavelmente vai ficar para a História. Foi quando cerca de 100 mil pessoas se reuniram, segundo estimativas, e apenas no Rio, em um protesto multifacetado, que se iniciou há poucas semanas contra o aumento das passagens de ônibus municipais, mas que agora parece juntar outras reivindicações. A redação da Revista de História fica a uma quadra da Avenida Rio Branco, onde ocorreu a manifestação no Rio e muitos dos nossos historiadores e jornalistas participaram do movimento. Vamos publicar, ao longo do dia, os seus depoimentos sobre o que eles viram, o que eles registraram nesse dia que vai ser lembrado, estudado, pesquisado no futuro.
Carolina Ferro - Historiadora
A concentração na Candelária estava marcada para as 17 horas, mas meus amigos e eu saímos do trabalho por volta de 17:30h. Caminhamos pela rua Uruguaiana, paralela a Rio Branco por onde passaria a manifestação. No caminho, vimos inúmeros policiais municipais ajudando pessoas a encontrar o protesto e vários manifestantes preocupados em comprar máscaras para se proteger do gás lacrimogêneo. Foi bonito ver as pessoas caminhando de branco, mas foi feio vê-las carregando lenços no rosto encharcados de vinagre. Ao chegar à Avenida Presidente Vargas, nos juntamos à multidão que portava faixas contra o aumento da passagem, mas também a favor de outras melhorias para a população, principalmente na saúde e na educação. Era visível que o movimento não era por 20 centavos, mas por 20 X 20 motivos de insatisfação de uma população que vem sendo negligenciada por muitos anos pelo poder público. Ao chegar à famosa Avenida Rio Branco, muitos rostos se encheram de lágrimas. Foi belo ver que além dos muitos jovens que gritavam com todas as forças, havia idosos, cadeirantes, homens e mulheres de roupas sociais e artistas. De fato é um movimento do povo na maior amplitude da palavra. Do alto dos arranha-céus do centro financeiro, cultural e comercial da cidade, trabalhadores acompanhavam a passeata piscando suas luzes, abanando panos brancos e jogando papel picado. Voltamos mais cedo e, como bons historiadores, fomos ver as notícias. Vimos fotos de mais de 100 mil pessoas caminhando por justiça, mas também algumas com dezenas de indivíduos que se exaltaram demais em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A tristeza tomou conta da alegria. “Não queremos violência”, era o que dizia um dos gritos dos manifestantes. E com certeza não é o que quer a maioria. Queremos paz, mas queremos paz com voz, sem medo.
A concentração na Candelária estava marcada para as 17 horas, mas meus amigos e eu saímos do trabalho por volta de 17:30h. Caminhamos pela rua Uruguaiana, paralela a Rio Branco por onde passaria a manifestação. No caminho, vimos inúmeros policiais municipais ajudando pessoas a encontrar o protesto e vários manifestantes preocupados em comprar máscaras para se proteger do gás lacrimogêneo. Foi bonito ver as pessoas caminhando de branco, mas foi feio vê-las carregando lenços no rosto encharcados de vinagre. Ao chegar à Avenida Presidente Vargas, nos juntamos à multidão que portava faixas contra o aumento da passagem, mas também a favor de outras melhorias para a população, principalmente na saúde e na educação. Era visível que o movimento não era por 20 centavos, mas por 20 X 20 motivos de insatisfação de uma população que vem sendo negligenciada por muitos anos pelo poder público. Ao chegar à famosa Avenida Rio Branco, muitos rostos se encheram de lágrimas. Foi belo ver que além dos muitos jovens que gritavam com todas as forças, havia idosos, cadeirantes, homens e mulheres de roupas sociais e artistas. De fato é um movimento do povo na maior amplitude da palavra. Do alto dos arranha-céus do centro financeiro, cultural e comercial da cidade, trabalhadores acompanhavam a passeata piscando suas luzes, abanando panos brancos e jogando papel picado. Voltamos mais cedo e, como bons historiadores, fomos ver as notícias. Vimos fotos de mais de 100 mil pessoas caminhando por justiça, mas também algumas com dezenas de indivíduos que se exaltaram demais em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A tristeza tomou conta da alegria. “Não queremos violência”, era o que dizia um dos gritos dos manifestantes. E com certeza não é o que quer a maioria. Queremos paz, mas queremos paz com voz, sem medo.
Felipe Rodrigues - Estudante de História
Ontem, 17/06/2013, foi um dia que ficou na história do Brasil. A “Revolta do Vinagre”, como está sendo chamada, levou mais de 100 mil pessoas as ruas, segundo estimativa da Coppe/UFRJ (a PM estima em 40 mil). Para mim, concluinte do curso de História da Uerj/FFp, a passeata significou uma aula na prática de como exercer a cidadania, exigindo seus direitos. Discutimos tanto nas salas fechadas das Universidades questões como “Democracia”, “Direitos”, “Estado”, “Representação Política”; conceitos tão fechados que parecem distantes do nosso cotidiano. Ontem essa distância ruiu junto com o sentimento de impotência que assolava o povo brasileiro há anos! Foi lindo ver pessoas tão diferentes em sua individualidade, mas com um sentimento único, conectadas em um só coro: O RIO ACORDOU! E não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil e brasileiros, já que em várias partes do mundo houve manifestação. Pude presenciar e fazer parte de uma das maiores manifestações espontâneas que a sociedade brasileira já presenciou. Foi uma mistura de satisfação, revolta, orgulho e alegria o que passei naquelas horas entre a Av. Presidente Vargas e a Rio Branco. O que posso afirmar é que o meu sentimento e tudo aquilo que presenciei na passeata não sairá da minha mente e do meu coração. Minha vida está dividida entre o antes e o depois do dia 17/06/2013.
Ontem, 17/06/2013, foi um dia que ficou na história do Brasil. A “Revolta do Vinagre”, como está sendo chamada, levou mais de 100 mil pessoas as ruas, segundo estimativa da Coppe/UFRJ (a PM estima em 40 mil). Para mim, concluinte do curso de História da Uerj/FFp, a passeata significou uma aula na prática de como exercer a cidadania, exigindo seus direitos. Discutimos tanto nas salas fechadas das Universidades questões como “Democracia”, “Direitos”, “Estado”, “Representação Política”; conceitos tão fechados que parecem distantes do nosso cotidiano. Ontem essa distância ruiu junto com o sentimento de impotência que assolava o povo brasileiro há anos! Foi lindo ver pessoas tão diferentes em sua individualidade, mas com um sentimento único, conectadas em um só coro: O RIO ACORDOU! E não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil e brasileiros, já que em várias partes do mundo houve manifestação. Pude presenciar e fazer parte de uma das maiores manifestações espontâneas que a sociedade brasileira já presenciou. Foi uma mistura de satisfação, revolta, orgulho e alegria o que passei naquelas horas entre a Av. Presidente Vargas e a Rio Branco. O que posso afirmar é que o meu sentimento e tudo aquilo que presenciei na passeata não sairá da minha mente e do meu coração. Minha vida está dividida entre o antes e o depois do dia 17/06/2013.
Janine Justen - Estudante de jornalismo
Nada como ser mais um na multidão. Sim, de fato, uma multidão. Mais de 100 mil pessoas que gritavam por seus direitos e exigiam respostas de um governo falacioso, de interesses para lá de questionáveis. Na Avenida Rio Branco, indignação foi a palavra de ordem nesta segunda-feira. Estamos fazendo, escrevendo História. Tenho orgulho de fazer parte disso, como cidadã e jornalista. Muda, Brasil! Rumo a uma real democracia.
Nada como ser mais um na multidão. Sim, de fato, uma multidão. Mais de 100 mil pessoas que gritavam por seus direitos e exigiam respostas de um governo falacioso, de interesses para lá de questionáveis. Na Avenida Rio Branco, indignação foi a palavra de ordem nesta segunda-feira. Estamos fazendo, escrevendo História. Tenho orgulho de fazer parte disso, como cidadã e jornalista. Muda, Brasil! Rumo a uma real democracia.
Este ano teve mais um protesto contra o governo então não sei como ela ganhou .
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