segunda-feira, 8 de junho de 2015

violência na Região Metropolitana do Rio



Entre janeiro e abril deste ano, Maricá apresentou nove homicídios dolosos a menos do que o índice apontado no mesmo período em 2014. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), a 82ª DP, que atende ao município, registrou 17 casos em 2015 contra 26 do ano passado, o que representa uma redução de 34% de um dos crimes que mais crescia no município. No entanto, em meio a um amplo crescimento populacional, estimado em cerca de 144 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2014, o aumento da criminalidade acompanhou a proporção do desenvolvimento. Embora possua um terço da população de Niterói, Maricá apresentou, ao longo de 2014, números semelhantes, ou até mesmo equivalentes, aos da cidade vizinha nesta categoria de crimes, como no caso do mês de abril do ano passado, quando ambas apontaram oito crimes cada.
Ainda que a comparação com Niterói ainda indique que o município tem muito a avançar, a redução de criminalidade em Maricá foi considerada um importante passo pelo titular da 82ª DP.
“Alcançamos a meta de redução de letalidade violenta e ainda conseguimos uma queda no roubo a veículos. Para uma equipe pequena como a nossa, é uma conquista importante que queremos expandir”, afirmou o delegado Julio César Mulatinho.
A grande expectativa do delegado, porém, é ver Maricá entre os municípios contemplados pela Divisão de Homicídios da região, que atende aos adjacentes Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.
“A princípio, Maricá não foi incluída devido à distância, que dificultaria o deslocamento das equipes de perícia até aqui. Porém existe uma articulação junto à diretoria interna da Polícia Civil a fim de que o decreto que criou a DHNISG seja modificado para nos inserir, o que facilitaria bastante as investigações”, explicou o delegado.
Mesmo de fora oficialmente, Mulatinho garante que a articulação com a DHNISG é significativa, já que a divisão recebe casos mais complexos e de maior repercussão, sempre que necessário.
Assaltantes são ‘importados’
Se por um lado a letalidade violenta apresenta melhoras, os índices de roubo a pedestres ainda é uma dor de cabeça. Os números continuam altos em relação ao ano passado, com um total de 116 registros de janeiro a abril deste ano.
Segundo o delegado Mulatinho, pesquisas realizadas em parceria com a 4ª Companhia Destacada de Maricá concluíram que a maioria dos crimes são cometidos por moradores das cidades vizinhas.
“Pelo menos 70% das autuações são de autoria de pessoas que não moram em Maricá. O infrator vem de motocicleta e, em 30 minutos, aborda três ou quatro pessoas, e volta pra cidade de origem”.
Os números reaquecem o clamor popular pela implantação de um batalhão próprio em Maricá. De acordo com o governo municipal, o prefeito Washington Quaquá lançou um abaixo-assinado, que já conta com 20 mil assinaturas, destinado ao Governo do Estado. Uma das reivindicações aborda a necessidade da desvinculação do 12ºBPM (Niterói). Paralelamente, o município solicitou à Secretaria Estadual de Segurança Pública uma Companhia Independente que tivesse ligação direta com o comando da instituição.
A Polícia Militar informou que não há, até o momento, projeto para instalação de um batalhão exclusivo, mas que o 
policiamento administrado pela Companhia foi reforçado com viaturas e PMs a pé. A corporação acrescentou que a cada segunda quinta-feira do mês o comando da 4ª Companhia realiza o “Café Comunitário”, uma reunião aberta à população na qual moradores e comerciantes podem participar do planejamento de segurança da cidade. (Elena Wesley)
Fonte: Jornal O São Gonçalo.

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