quarta-feira, 10 de junho de 2015

Será verdade?



 A Oi/Telemar vai se unir a Tim



A novela continua... Após ter a venda dos ativos da PT Portugal para a Altice aprovada pelos sócios portugueses e ter cancelado o programa de dividendos, a Oi entra num novo dilema, o que fazer agora? Tentar se unir a Vivo e Claro para tentar comprar a TIM e continuar com uma dívida astronômica ou aceitar que não vai ser a protagonista da consolidação do setor e conseguir melhorar um pouco a situação para deixar ser comprada pela cia italiana? A segunda opção parece ser a mais viável e racional, entretanto, Bayard Gontijo, que era presidente interino e por falta de opção foi promovido a permanente, insiste neste protagonismo da empresa.

Não conseguimos compreender como fechar a equação de melhorar a relação dívida/ebtida e ainda virar uma das donas da TIM, vendo que a dívida da Oi já alcança os R$ 52 bilhões. A venda dos ativos da PT lhe rendeu R$ 23,6 bilhões, ou seja, se o valor fosse todo utilizado para equacionar a alavancagem da empresa, o débito ficaria em R$ 29 bilhões. Este é o mesmo valor da dívida da Oi antes de inventar a união com a PT e naquela época ela já se encontrava em dificuldades e começava a queimar ativos não estratégicos.

Hoje, os únicos ativos a se vender são as operações na Africa e mais algumas antenas e rede de fibras, sem contar que após vendidos devem ser alugados para uso da cia e esse gasto com aluguel de equipamentos já está corroendo os lucros da empresa a algum tempo, ultrapassando R$ 2 bilhões anuais.

Uma novidade que passou a ser ventilada no mercado é que a TIM está estudando formas de se unir com a operadora luso-brasileira de modo que fique com 51 % da empresa combinada e sem a responsabilidade de pagar a altíssima dívida da cia.

Nós acreditamos na seguinte situação, a Oi será dividida em duas empresas, mas, não uma com os ativos móveis e outra com os ativos da rede fixa, banda larga e tv e sim uma empresa com a dívida e outra sem a dívida.

A Telemar ficaria com a dívida de R$ 29 bilhões (contando que o valor recebido da Altice seja utilizado integralmente para amortizar a dívida) e seria isolada e todos os ativos seriam disponibilizados numa nova cia livre de dívidas, que se uniria com a TIM numa joint venture em pé de igualdade. O lucro proveniente desta participação seria utilizado para quitar as dívidas da antiga Oi (Telemar). Seria similar a um plano de recuperação judicial, sem precisar entrar na situação de concordatária.

Contudo, esta é a nossa visão, o mercado cogita que o BTG Pactual esteja realmente estruturando as operações em feudos, Oi fixo, Oi Móvel, Oi banda larga e Oi TV e apenas os mais interessantes seriam utilizados para a união com a TIM. Entretanto, neste caso a dúvida que fica é com qual das divisões ficará a dívida ou ela também será dividida?

Mais uma vez, nos resta aguardar as cenas dos próximos capítulos desta interminável novela. Fonte: Blog Cotidiano Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário